31 agosto 2009

Oportunidade para dramaturgos - CCBB abre inscrições 2009

O Centro Cultural do Banco do Brasil abriu, pelo terceiro ano consecutivo, o projeto Seleção "Brasil em Cena - Concurso de Dramaturgia", de âmbito nacional. As inscrições estão abertas até 21 de setembro.

O objetivo principal do projeto é fomentar a literatura dramática bem como o surgimento de novos dramaturgos. Serão selecionados para leituras dramatizadas 12 textos e destes, três serão premiados. O primeiro lugar ganha R$ 5 mil e a encenação de seu texto pelo CCBB Rio; o segundo R$ 3 mil e o terceiro R$ 1 mil.

Mais informações:
http://www44.bb.com.br/appbb/portal/bb/ctr2/rj/NoticiaDetalhe.jsp?Noticia.codigo=166826

(SP) Cultura Inglesa traz roteiristas da New York Film Academy

A Cultura Inglesa promove nesta quarta-feira dia 2 de setembro, às 20h30, palestra com os norte-americanos Dan Mackler e Adam Nimoy. Ambos são professores da New York Film Academy e falarão sobre suas experiências no mercado da televisão, na indústria cinematográfica e sobre as possibilidades de trabalho nessa área.
A palestra será toda em inglês, sem tradução simultânea. Acontecerá no Duke of York Auditorium, localizado na Rua Ferreira de Araújo, 741, Pinheiros, São Paulo.
Inscrições prévias pelo telefone: (11) 3095-4466. A entrada é franca, as vagas limitadas.

TV interativa pelo celular é realidade em canais abertos brasileiros

Painel no último dia do IV FIICAV apresentou projetos desenvolvidos pela Rede Record e pelo SBT para esse tipo de mídia.

A interatividade associada à mobilidade na TV já é uma realidade. Os consumidores podem acompanhar programas de emissoras diretamente do celular e interagir com os diversos conteúdos disponíveis como informações extras, notícias em tempo real, entre outros.

De acordo com César Taurion, da IBM, o crescimento da interatividade é possível devido à Geração Y. "Trata-se de um público multitarefa, acostumado a equipamentos de uso interativo. Como cada vez mais aparelhos como smartphones e computadores são interativos, a televisão deve seguir essa tendência para manter publico", explica.

Para Fábio Angeli, da TV Record, os caminhos encontrados pela emissora para chegar aos celulares foi buscar a facilidade de uso. "Para isso, é indispensável interface gráfica amigável, layout simplificado e conteúdo relevante e adaptado para as dimensões da tela", declara. Dentre os cases da empresa para esse tipo de mídia o profissional destaca os dos programas O Melhor do Brasil, Tudo é Possível e O Aprendiz 6, além do reality show A Fazenda, sendo considerado por ele o melhor resultado.

Já o SBT, ao contrário da Rede Record, prioriza no celular o canal da emissora e não dos programas. "Queremos um canal único que o espectador tenha o poder de escolha do que assistir", comenta Roberto Franco, do SBT. Segundo o representante da empresa a proposta é a de integração. "A televisão compete com uma série de outras distrações, como telefone, internet, rádio. Por meio da experiência de interatividade de TV via celular, queremos suprir todas essas demandas. Assim, além de assistir ao programa, é possível acompanhar as últimas notícias, saber a previsão do tempo, acompanhar fofocas", reflete Franco que diz que o ser humano é um ser móvel e que tornar a TV uma opção de entretenimento móvel é uma conseqüência natural.

SET Broadcast & Cable

Em sua 18ª edição, SET Broadcast & Cable é reconhecido como o principal evento de tecnologia em equipamentos e serviços para engenharia de televisão, radiofusão e telecomunicações da América Latina. Além da feira com cerca de 120 expositores nacionais e internacionais, a iniciativa contempla o Congresso SET, realizado pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e o FIICAV - Feira e Seminário Internacional da Indústria do Cinema e Audiovisual. O público previsto é de 10 mil pessoas entre profissionais, empresários e executivos do mercado de produção e distribuição de conteúdo eletrônico de multimídia, incluindo TV aberta e por assinatura, rádio, internet, indústria, produção e telecomunicações. O evento acontece de 26 a 28 de agosto, no Centro de Exposições Imigrantes.

Siga SET Broadcast & Cable no twitter: @broadcast_cable
http://twitter.com/broadcast_cable

Globo edita mininovelas para vender ao exterior

A Globo pretende picotar suas novelas e minisséries a fim de obter subprodutos para vender ao mercado internacional. Segundo o diretor da Divisão Internacional da Globo, Ricardo Scalamandré, núcleos e personagens específicos de algumas novelas já estão tendo suas cenas separadas para ganharem uma nova edição em forma de mininovelas e microsséries, que serão oferecidas lá fora.

"Pegamos por exemplo o casal de A Lua Me Disse, separamos todas as cenas deles, e criamos uma microssérie", conta ele. "Existe uma demanda do mercado internacional, principalmente o europeu, por formatos mais curtos. Som & Fúria, por exemplo, deve ser vendida em edições diferentes, com menos personagens, editada e menor."

Segundo Scalamandré, essa demanda já está atingindo as produções atuais. "Nossa ideia é saber antecipadamente quais personagens e núcleos podem render histórias à parte, e já separar as cenas, gravar até coisinhas a mais para deixar redondo", explica o diretor. "Já temos que editar muito as novelas que vendemos. Mas há um mercado grande para produções de 1 ou 2 capítulos, e queremos abastecê-lo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

28 agosto 2009

Prazo para inscrições em laboratório de roteiros é prorrogado

Foram prorrogadas as inscrições para o laboratório Sesc Rio de roteiros para cinema, oficina voltada para quem quer dás um gás na carreira de roteirista. Serão aceitos os nomes enviados até o próximo dia 4 de setembro para os laboratórios que vão acontecer entre 23 e 27 de novembro no Sesc Nogueira, em Petrópolis.


O projeto busca aprimorar roteiros de longas-metragens por meio de análise do material escolhido por consultores brasileiros e internacionais. Já passaram pelo júri nomes como o inglês Christopher Hampton ("Desejo e reparação" e "Ligações perigosas"), os americanos Curtis Hanson ("Los Angeles - Cidade proibida") e Michael Goldenberg ("Harry Potter e a Ordem da Fênix"), e os brasileiros Carlos Gregório ("Se Eu fosse você"), Melanie Dimantas e Marcos Bernstein ("O outro lado da rua"). Para a edição deste ano, Bráulio Mantovani ("Cidade de Deus") e Marcos Bernstein já estão confirmados.

Em seus 13 anos de existência, o evento coleciona casos de sucesso. Bráulio Mantovani, com "Cidade de Deus", Elena Soárez, com "Eu, Tu, Eles", e Cláudio Galperin, com "O ano em que meus pais saíram de férias", participaram de edições anteriores e, posteriormente, conseguiram viabilizar seus roteiros no circuito comercial.

O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site do Sesc Rio.

Ancine planeja linha para exibição no Fundo Setorial

O diretor da Ancine, Mário Diamante, reiterou na manhã desta quinta-feira, 27, que a Ancine planeja o lançamento de uma linha para o mercado de salas de cinema no Fundo Setorial do Audiovisual, conforme já havia antecipado este noticiário. "Ainda temos que acertar uma série de detalhes, mas pretendemos lançar", disse. As linhas lançadas neste ano, voltadas para a produção de longas-metragens, produção independente para a televisão, distribuição e comercialização, serão replicadas, sendo que a linha de produção será dividida em duas linhas distintas: uma para o aporte e outra para a complementação.

Representando o setor de exibição na mesa de discussão sobre o FSA na Fiicav, feira do audiovisual que acontece paralelamente ao Congresso da Set, em São Paulo, Adhemar de Oliveira, do Grupo Espaço de Cinema, destacou que a questão é urgente e que a combinação de recursos do audiovisual, com Funcines e desoneração fiscal podem ajudar o projeto de expansão do parque exibidor e descentralização das salas de cinema. "Tem que levar em conta que estas salas precisarão conquistar o público, elas não terá o mesmo retorno de salas voltadas para o público A e B", atentou.

De acordo com Thierry Perrone, gestor do Funcine Investimage, é complicado para o Funcine investir em exibição . "O exibidor precisa de muito dinheiro e em um prazo que não corresponde ao ciclo de um Funcine", observa. Tela Viva News.

Ancine divulga vencedores do Prêmio Adicional de Renda

A Ancine divulgou nesta quinta, 27, os vencedores do Prêmio Adicional de Renda 2009, que distribuirá R$ 9,3 milhões, o dobro do destinado ao programa no ano de seu lançamento, em 2005. O PAR, vale lembrar, premia produtoras, distribuidoras e exibidores conforme seus resultados. Os recursos devem ser obrigatoriamente aplicados em novos projetos, de acordo com o segmento de atuação da empresa.

Para a participação de produtoras e distribuidoras foram considerados os filmes brasileiros de produção independente lançados comercialmente entre 1º de dezembro de 2007 e 30 de novembro de 2008. Já para as empresas exibidoras (salas isoladas e complexos de duas salas) foram considerados os filmes nacionais lançados entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2008. Para participar os exibidores também precisaram comprovar o cumprimento da Cota de Tela determinada para 2008.

Na categoria produção 21 empresas dividirão um total de R$ 3.400.860. Na distribuição, R$ 3.400.860 serão repartidos entre 12 empresas nacionais independentes. Enquanto a categoria exibição premia 34 empresas, que dividirão R$ 2.498.280.

Veja a lista dos vencedores por categoria.

Categoria produção

* Associação Estação da Luz, por "Bezerra de Menezes - O diário de um espírito" , com R$ 233.626,00;
* Atitude Produções, por "Meu Nome Não é Johnny" , com R$ 252.340,00;
* Bananeira Filmes, por "Feliz Natal" , com R$ 15.521,00;
* Buriti Filmes, por "Chega de Saudade" , com R$ 161.029,00;
* Cinema Brasil Digital, por "Nome Próprio" , com R$ 33.031,00;
* Citizencrane Produções, por "Estômago" , com R$ 98.834,00;
* Conspiração Filmes S/A, por "Xuxa em Sonho de Menina", "A Mulher do meu Amigo", "O Mistério do Samba" e "Era uma Vez..." , com R$ 519.119;
* Diler e Associados Ltda., por "O Guerreiro Didi e a Ninja Lili" , com R$ 112.944,00;
* Filmes do Equador Ltda., por "Polaróides Urbanas" , com R$ 96.641,00;
* Mac Comunicação e Produção Ltda., por "A Casa da Mãe Joana" , com R$ 227.543,00;
* Natasha Enterprises Ltda., por "Romance" , com R$ 192.035,00;
* O2 Cinema, por "O banheiro do Papa" e "Ensaio sobre a Cegueira" , com R$ 312.502;
* Olhos de Cão Produções Artísticas, por "Encarnação do Demônio" , com R$ 14.160,00;
* Pulsar Produções Artísticas e Culturais, por "O Signo da Cidade" , com R$ 51.400,00;
* Quimera Filmes, por "Pequenas Histórias" , com R$ 27.710,00;
* RF Cinema e TV, por "Os Porralokinhas" , com R$ 62.740,00;
* RPJ Produtores Associados, por "Última Parada 174" , com R$ 225.966,00;
* Tambellini Filmes, por "Os Desafinados" , com R$ 170.996,00;
* Taiga Filmes, por "Maré, nossa história de amor" , com R$ 12.700,00;
* Total Entertainment Ltda., por "Sexo com Amor?" e "A Guerra dos Rocha" , com R$ 433.297;
* Videofilmes, por "Linha de Passe" , com R$ 156.716,00.

Categoria distribuição

* Califórnia, por "O Aborto dos Outros" , com R$ 5.529;
* Downtown, por "Meu nome não é Johnny", "Garoto Cósmico", "Estômago", "Nome Próprio", "Iluminados", "Os Desafinados" e "Panair do Brasil" , com R$ 1.063.536;
* Europa, por "Feliz Natal" e "O Signo da Cidade" , com R$ 279.224;
* Estação Cinema e Cultura, por "Mulheres Sexo Verdades Mentiras", "Juízo", "Maré, Nossa História de Amor", "Pequenas Histórias" e "Deserto Feliz" , com R$ 406.988;
* Imagem Filmes, por "A Casa da Mãe Joana" , com R$ 946.836;
* Imovision, por "O engenho de Zé Lins", "O Banheiro do Papa", "Falsa Loura", "Otávio e as Letras" e "Nossa Vida não Cabe num Opala" , com R$ 364.074;
* Pandora, por "Fim da Linha", "Bodas de Papel", "Corpo", "Olho de Boi", "Ainda Orangotangos", "O Retorno" e "Copa 1958" , com R$ 98.321;
* Pipa Nativa Produção Cultural, por "Pretérito Perfeito", "Meu Brasil" , com R$ 5.344;
* Playarte, por "Dias e noites" , com R$ 18.414;
* Riofilme, por "Remissão", "Cleópatra", "Devoção", "Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais", "Meu Nome é Dindi" e "Vingança" , com R$ 34.713;
* Usina Digital, por "5 Frações de uma Quase História", "Fronteira – O Filme" e "Andarilho" , com R$ 30.761;
* Videofilmes, por "PQD", "Dot.com", "O Mistério do Samba" e "O Tempo e o Lugar" , com R$ 147.115.

Categoria exibição

* Arte Vital, com R$ 71.130;
* Carvalho e Silva, com R$ 28.607;
* Casa de Cinema de Porto Alegre, com R$ 47.116;
* Cine Mococa S/A, com R$ 11.821;
* Cinecultura Projeções Cinematográficas, com R$ 71.130;
* Cinema e Arte produções, com R$ 133.191,00;
* Cinematográfica Meyer, com R$ 13.374;
* Cinepass Cinematográfica, com R$ 71.130;
* Circuito Cinearte, com R$ 130.658,00;
* D.M Exibidora, com R$ 41.764;
* E.D.S. Exibições Cinematográficas , com R$ 71.130,00;
* Empresa Cine Missioneira , com R$ 49.310,00;
* Empresa São Luiz de Cinemas, com R$ 65.170,00;
* Empresa Cinema São Luiz , com R$ 173.225,00;
* Empresa Cinematográfica Itapetininga , com R$ 262.421,00;
* Espaço Cultural Cine Atlético , com R$ 71.130;
* Espaço de Cinema Dragão do Mar , com R$ 71.130;
* Espaço de Cinema Juiz de Fora , com R$ 71.130;
* Estação de Cinema e Cultura , com R$ 98.183,00;
* Figueiredo Cinematográfica , com R$ 26.006;
* Guaxupé Promoções e Eventos , com R$ 28.497;
* Josué’s Cine e Foto , com R$ 37.826;
* Jubarte Filmes, com R$ 142.260,00;
* Movie Arte, com R$ 86.362,00;
* Playarte Cinemas, com R$ 214.691,00;
* Ponto das Artes de Anchieta, com R$ 71.130;
* São Sebastião Promoções e Eventos, com R$ 25.753;
* Silvio Gutierris Brittis, com R$ 43.485;
* Spectateur Com. e Gerenciamento, com R$ 71.130;
* Stark’s Cinema e Lanchonete, com R$ 9.457;
* Unfinished Business Prod. Art. Cinema Audiovisual, com R$ 9.119;
* Urca Filmes, com R$ 71.130;
* Valéria Pereira da Silva Tadiotti, com R$ 71.130;
* Viramundo Cinema e Participações, com R$ 37.533. Da Redação

27 agosto 2009

Contagem regressiva para o I Cine Fest Brasil – Londres


Está quase tudo pronto para o I Cine Fest Brasil – Londres, que acontece entre os dias 17 e 20 de Setembro, no Riverside Studios, em Londres.


Atores, diretores, produtores nacionais e estrangeiros e executivos de empresas do setor audiovisual circularão pela cidade para assistir às mais recentes produções nacionais, todos inéditos na Inglaterra.


Para saber mais notícias do Cine Fest Brasil Londres, acompanhe a programação no site: http://www.brazilianfilmfestival.com/ .

Brasil e Canadá: portas se abrem para parcerias no audiovisual

O Festival de Cinema Brasileiro em Toronto abre portas para negócios e parcerias entre Brasil e Canadá. O Consulado Geral do Brasil em Toronto e o Ministério das Relações Exteriores são apenas alguns dos parceiros do festival de cinema que começa dia 4, em Toronto.


O BRAFFT chega à sua terceira edição acumulando bons resultados. A cada ano, aumentam o número de filmes inscritos, as parcerias e apoios. Visão de negócios, público formador de opinião e retorno de mídia. É com foco neste tripé que as empresas organizadoras do Festival – Puente e Southern Mirrors - desenvolvem ações que objetivam propiciar novos compradores, espectadores e reconhecimento internacional ao trabalho realizado pelo cinema brasileiro.

Foram fechadas, em 2009, importantes parcerias para a promoção do evento com o Consulado Geral do Brasil em Toronto, o Ministério das Relações Exteriores e com a Raindance Canada. Outra iniciativa inovadora é o acordo com instituições de ensino, inaugurado com a Faculdade Cásper Líbero - Curso de Rádio e TV e com a Escola Panamericana de Artes. Alunos da Cásper Líbero são convidados a participar como voluntários da equipe de produção do Festival, em São Paulo, e em Toronto. Já os estudantes de design gráfico da Panamericana podem participar de um concurso cultural para criar o cartaz da edição 2010 do Festival. O objetivo é incentivar o desenvolvimento acadêmico, profissional e pessoal dos estudantes, abrindo a possibilidade de trabalhar durante o evento, no Canadá, por meio de um exclusivo pacote da Opy Viagens. Já o UpTo3´, mostra paralela ao BRAFFT, que apresenta filmes de até 3 minutos para novas mídias, conta com o apoio do Cinema do Brasil e da ToonBoom, neste ano.

Desde 2007, o Festival acumula resultados positivos. O crescimento de parceiros ultrapassou a taxa de 500%, a equipe de voluntários saltou de 8 para 50 e mais de 900 matérias foram publicadas pela mídia espontânea. Em dois anos, 60 filmes - dos quais cinco indicados ao Oscar pelo Ministério da Cultura - já foram apresentados ao mercado canadense no próprio Festival e em outros eventos.

Em 2008, o BRAFFT exibiu 31 filmes, entre eles “Meu nome não é Johnny”, “Pindorama” e “Via Láctea”, além de realizar o lançamento simultâneo de “Orquestra dos Meninos”. A delegação brasileira que visitou o Canadá durante o Festival, composta por 12 cineastas, também visitou a Sun TV e o Toronto Studios, no Canadá, além de participar de ações para geração de negócios - networking e conversar com o público. Todo esse trabalho teve como resultado a parceria entre a brasileira Redalgo (Diogo Beltran) e a canadense Spongelab Interactive, para comercializar games e realizar uma co-produção, além de um acordo fechado por Jaime Lerner (Panda Filmes) para a Usina de Idéias e Projetos. A mostra paralela UpTo3´, por sua vez, conquistou um canal próprio no Claro Minha TV, para portadores de celulares com a tecnologia 3G.

O Festival em 2009
O BRAFFT, que ocorrerá de 4 a 9 de setembro, no Bloor Cinema, em Toronto, exibirá, entre outros filmes, “Divã”, visto por mais de 1,8 milhão de pessoas, e “Nome Próprio”, grande vencedor do Festival de Cinema de Gramado de 2008. A mostra competitiva vai apresentar, dentre outros, Simonal - Ninguém sabe o duro que dei, Loki -Arnaldo Baptista, O menino da porteira e Se nada mais der certo. Treze filmes estarão competindo pelo Golden Maple, troféu desenvolvido pelo designer Nilson J. dos Santos.

A delegação brasileira, composta por 16 cineastas irá participar de diversas atividades, entre elas o I Encontro de Profissionais do Audivisual no Canadá e o I UpTo3´ - Integração de Novas Mídias. Os eventos contam com visitas técnicas, rodada de negócios, pitching e networking, além de seminário e painéis de discussão, sem falar nos shows das bandas Cajamarca (DF) e Donna Lolla (RJ), que irão tocar na cerimônia de premiação e festa de encerramento.


Brazilian Film Festival of Toronto - BRAFFT
Criado há três anos, o BRAFFT é fruto de uma parceria entre a empresa brasileira Puente, representada pela jornalista Cecília Queiroz e pela canadense Southern Mirrors, da atriz e produtora cultural, Bárbara de la Fuente e realização do Instituto Cefac. Nesta terceira edição conta na equipe com cerca de 50 profissionais de diversos setores – cineastas, produtores, empresários, historiadores, etc. O BRAFFT também apresenta o UpTo3´, mostra paralela ao Festival, que exibirá de 7 a 9 de setembro animações brasileiras de até 3 minutos para novas mídias.
O Festival faz parte do Fórum dos Festivais, está registrado na Ancine e faz parte do Guia Brasileiro de Festivais de Cinema e Vídeo 2009, publicado pela Associação Cultural Kinoforum. O Cinema do Brasil é partner do UpTo3´, o Consulado Geral do Brasil em Toronto oferece uma festa tipicamente canadense em um dos pubs mais tradicionais de Toronto, após a apresentação do filme Divã e o Ministério das Relações Exteriores leva alguns dos cineastas participantes. O evento conta com o apoio das empresas canadenses Mellohawk (transportadora oficial), Sementeria, Cajú, A Docuvixen Film, CMichelon, Abacus, Itabras, Real Trade Magazine, Oi Toronto, Wave, Etc. & Tal, Brasil News, PanTV e das brasileiras Maxpress, Estúdios Quanta, Paula Estúdio, Ponto e Letra, Canal Brasil, Faculdade Cásper Líbero – Curso de Rádio e TV, CEC – Centro de Educação Canadense, Câmara de Comércio Brasil – Canadá, Panamericana Escola de Arte e Design, Gueto Prataria, Planeta Tela, Jorge Brandão Design, Gráfica Iara, Opy Viagens, Roteiro do Imóvel, Peixoto & Ferraz Advogados, 3D Turismo, além do Jornal Centro em Foco, Jornal do Golfe, portal WMulher e Yacaré – Vídeo, Foto e Recordações.

Serviço:
3° Festival de Cinema Brasileiro em Toronto - BRAFFT
Data: 4 a 8 de setembro
Local: Bloor Cinema (506 Bloor St. West), Toronto, Canadá

2° UpTo3´ - Mostra de Animação com filmes de até 3 minutos para mídias alternativas
Data: 7 e 8 de setembro
Local: Bloor Cinema (506 Bloor St. West), Toronto, Canadá

I Encontro de Profissionais do Audiovisual no Canadá
Data: 3 a 8 de setembro
Atividades: seminário, encontro de networking, visitas técnicas
Locais: Innis Hall, Cajú
Apoio: Raindance Canada

I UpTo3´- Integração de diferentes mídias
Data: 8 e 9 de setembro
Atividades: painéis, rodada de negócios
Local: National Film Board
Apoio: Cinema do Brasil e ToonBoom

Outras informações:
Puente – Agência de Comunicação
Tel.: (11) 2615-7615
Jornalista responsável: Camila Fink - (11) 85847882 - press@brafft. com
Site: www.brafft.com

Últimos dias para inscrições nos cursos da DUO - Informação e Cultura

Os prazos de inscrições nos cursos “Gestão Contemporânea da Cultura” e “ArteEducação – ensinar e aprender a ver” encerram-se no dia 31 de agosto e no dia 4 de setembro, respectivamente.

O curso “Gestão Contemporânea da Cultura 2009” acontece de 8 de setembro a 11 de dezembro. Voltado para agentes culturais das esferas pública, privada e do terceiro setor, as aulas buscam estimular a reflexão, a construção de uma visão crítica e o debate sobre os conceitos de gestão, além de trabalhar ferramentas inovadoras para o mercado da gestão cultural.

Já o curso “Arte Educação: ensinar e aprender a ver” tem como objetivo trabalhar novas formas de olhar, entender e ensinar a arte nos museus e nas salas de aula. Dividido em sete módulos, este curso vai de 14 de setembro a 29 de novembro.

Mais informações sobre os cursos “Arte Educação: ensinar e aprender a ver” e “Gestão Contemporânea da Cultura 2009” estão disponíveis no site da DUO – www.duo.inf.br ou pelo telefone (31) 3224-6700.

Cinco filmes representam quase 90% da renda de produções brasileiras

Os cinco filmes nacionais de maior público no Brasil consomem 20% da captação de recursos, mas representam de 80% a 90% da renda das produções brasileiras no cinema. A informação, levantada a partir de dados da Nielsen, foi passada por Antônio Almeida, diretor da Globo Filmes, durante painel da Fiicav, que acontece nos dias 26 e 27 de agosto em São Paulo.

Segundo dados da Nielsen apresentados por Melanie Schroot no período de janeiro até julho de 2009, de um público total de 11,8 milhões de espectadores de filmes nacionais, 10,4 foram espectadores do "top 5". Em 2003, ano de destaque para o cinema nacional, entre o público de 22,3 milhões, 15,3 milhões eram espectadores dos cinco filmes mais vistos.

Almeida alerta para os números de captação de recursos até julho deste ano: foram cerca de R$ 60 milhões, ou um terço do total captado em 2008. "É preciso lembrar que as empresas investidoras de cinema sofreram os efeitos da crise financeira mundial", diz.

A participação nacional na renda do cinema foi destaque durante o painel. De janeiro a julho de 2008, a renda em dólares do cinema, nacional e internacional foi de US$ 254,1 milhões, com US$ 18,2 milhões gerados pelo cinema nacional. No mesmo período, em 2009, o valor foi de US$ 302,1 milhões, sendo US$ 53,1 milhões provenientes do cinema nacional. Ou seja, o cinema brasileiro foi responsável pelo aumento de US$ 34,9 milhões na renda do cinema no País, um crescimento de 191%.

O share de cinema nacional também cresceu no período. Passou de 7,16% em 2008, para 17,58% em 2009.

O ano de 2008, aliás, não foi muito feliz para o cinema nacional. A título de comparação, em 2002 foram lançados 30 filmes, que fizeram média de público de 7,8 milhões. Em 2008 foram lançados mais que o dobro de filmes (65 títulos), que fizeram 8,1 milhões de espectadores. Neste sentido, 2009 está mais aquecido, com 31 filmes lançados até julho, que tiveram público médio de 11,8 milhões de espectadores.

Os palestrantes observaram, no entanto, que alguns fatores contribuíram para a boa performance do mercado de cinema em 2009, além do lançamento de blockbusters nacionais e internacionais. Marcelo Bertini, presidente da Cinemark, destacou os 38% de crescimento no primeiro semestre do lazer e entretenimento de shoppings, consequência da crise econômica, e lançou a pergunta: como sustentar o desempenho nos próximos meses?

Francisco Pinto, do Grupo Severiano Ribeiro, acredita que a sustentação do mercado de cinema depende também da produção de filmes nacionais que consigam fazer entre 100 mil e R$ 1 milhão de espectadores. "Precisamos também de mais filmes que tenham desempenho médio", observa ele.

Publicidade

Outra pesquisa da Nielsen apresentada durante o Fiicav apontou que os latino-americanos são os que mais acreditam na publicidade. De um modo geral, porém, a pesquisa mostrou que para o público global, o mais confiável ainda são as recomendações de pessoas conhecidas. De 2007 a 2009, o volume de respondentes que disseram que confiavam nas recomendações de amigos e parentes foi de 78% para 90%. Os anúncios de TV foram de 58% a 61% e os anúncios anteriores a filmes foram de 38% a 52%. "Neste caso, pode-se perceber também a importância dos trailers antes dos filmes, influenciando a escolha dos espectadores", diz Melanie. Tela Viva News.

26 agosto 2009

Teatro a R$2,30 dentro do ônibus em SP

Trupe Sinhá Zózima faz peça de Nelson Rodrigues
Após apresentar “Cordel do Amor Sem Fim”, a Trupe Sinhá Zózima apresenta às sextas e sábados, à meia-noite, na praça Roosevelt, no centro de São Paulo, a peça “Valsa nº6″, ao impressionante preço de R$ 2,30.
O inusitado da montagem é que ela se passa dentro de um ônibus estacionado em frente ao Espaço dos Satyros 1. No espaço exíguo, onde atores e público chegam a se encostar, o texto de Nelson Rodrigues ganha reforço em seu carater psicológico, já que todos literalmente embarcam naquele sonho.
O enredo é simples: uma adolescente é morta enquanto toca a Valsa nº6, de Chopin. Enquanto agoniza no asfalto, lembranças de sua vida –inclusive uma relação inquietante com o médico da família–vêm à tona.
A direção de Anderson Mauricio inova ao utilizar com propriedade tanto o interior quanto a área externa do ônibus, como quando os atores surgem, de repente, nas janelas, surpreendendo os “passageiros”. A direção musical de Thiago Freire, assim como o figurino soturno de Priscila Reis, ajudam a compor o ambiente de alucinação e mistério da peça. No elenco, o destaque vai para Priscila Reis, que consegue dar um banho de verdade em sua interpretação.
Colaborou: Luciano Bertocco

Valsa n.º6
Quando
: Sextas e sábados, 23h59
Onde: Dentro de um ônibus em frente ao Satyros I, (pça. Roosevelt, 214, São Paulo, tel. 0/xx/11 3258-6345)
Quanto: R$ 2,30 (preço único)
Duração: 60 minutos
Lotação: 32 passageiros
Classificação: 14 anos
Temporada: de 07 a 29 de Agosto de 2009

(SP) Biblioteca Temática traz oficina de roteiros gratuita


Biblioteca paulista especializada em cinema traz oficina de roteiros de cinema totalmente gratuita



Neste mês de setembro, a Biblioteca Pública Roberto Santos (temática Cinema), localizada no bairro do Ipiranga, em São Paulo, está promovendo uma Oficina de roteiro cinematográfico, coordenada por Roney Freitas e Thais Fujinaga, ambos formados em audiovisual pela ECA. Fujinaga, inclusive, cursou screenwriting na UCLA - University of California, em Los Angeles.

A Oficina é gratuita e as inscrições - que devem ser pessoais - começam dia 1º de setembro e terminam dia 11. Ao todo, são apenas 25 vagas e os alunos devem ser maiores de 18 anos. O curso trará informações teóricas e práticas sobre a produção audiovisual contemporânea, estimulando todos a produzirem argumentos e roteiros para o cinema.

Onde: Biblioteca Pública Roberto Santos.
Rua Cisplatina, 505, Ipiranga, Zona Sul, São Paulo-SP.
Telefone: 2273-2390.
Quando: a partir do dia 19, sáb., das 10h30 às 14h30.
Inscrições grátis (pessoalmente, das 8h às 17h e sáb. 9h às 16h).

Brazilian TV Producers premia documentaristas no PIC DOC

BTVP premia os 10 melhores projetos do PIC DOC com viagem para o Realscreen


O Brazilian TV Producers (BTVP) levará os dez projetos que mais se destacarem entre os 40 participantes do Programa Internacional de Capacitação em Documentário, o PIC DOC, para o Realscreen, que acontece em Washington, EUA, de 1º a 3 de fevereiro. Os dez projetos serão escolhidos pelos consultores internacionais que ministrarão o workshop do PIC DOC, de 30 de novembro a 4 de dezembro, no Rio de Janeiro.

Os produtores dos projetos selecionados para o Realscreen terão passagens, hospedagem e credenciais do evento pagos. As inscrições para participação no PIC DOC vão até o dia 3 de setembro. Mais informações e inscrições no site: http://www.braziliantvproducers.com/ .

Inscrições abertas para festival internacional de cinema na Holanda

A 39ª edição do International Film Festival Rotterdam, evento de cinema que acontece na Holanda de 27 de janeiro a 7 de fevereiro de 2010, recebe inscrições de longas e curtas metragens produzidos após 1º de janeiro de 2009 para as mostras competitivas. O festival prioriza estreias internacionais. Filmes que já tenham sido exibidos no país não serão aceitos. Mais informações e inscrições no site: http://www.filmfestivalrotterdam.com/.

25 agosto 2009

Abertas inscrições para mestrado em Escrita Criativa (Bogotá)

Estão abertas até dia 3 de setembro de 2009 as inscrições para o Mestrado em Escrita Criativa da Universidade Nacional de Colômbia, com sede em Bogotá. O curso se inicia no primeiro semestre de 2010.

Link relacionado:
http://www.maestriaenescriturascreativas.unal.edu.co

Cel.U.Cine promove workshop durante Festival Internacional de Curtas de SP

O Cel.U.Cine, mostra competitiva de filmes produzidos por meio de fontes de captação digitais, destinadas à exibição em aparelhos celulares, promove um workshop de capacitação para de novos realizadores para o formato de micrometragem durante o Festival Internacional de Curtametragens de São Paulo. O evento, que acontece no Museu da Imagem e do Som nesta terça-feira, 25, das 16h às 19h30, trará para o cenário de discussão diversas fases da produção de filmes e conteúdo para celular.

O Diretor Geral do Cel.U.Cine, o cineasta Marco Altberg, falará sobre a natureza itinerante do festival e o perfil dos participantes e filmes. A mesa contará com a presença de Marianna Rhosa, realizadora da websérie "Desenrola", Christian Crocas, da Agência Grudaemmim, especializada em relacionamento digital (novas mídias) e André Mermelstein, jornalista da TELA VIVA.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do festival www.celucine.com.br ou pelo e-mail: contatocelucine@gmail.com . Tela Viva News.

Sites relacionados
www.celucine.com.br

Inscrições abertas para o XPTA.LAB

Estão abertas até o dia 13 de outubro as inscrições para o Programa Laboratórios de Experimentação e Pesquisa em Tecnologias Audiovisuais (XPTA.LAB), iniciativa da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/Minc) em parceria com a Secretaria de Pesquisas Culturais para apoiar laboratórios voltados para a pesquisa e experimentação em tecnologias audiovisuais.

Podem se inscrever entidades e instituições jurídicas públicas e privadas que atuam no setor de desenvolvimento de trabalhos em plataformas digitais e tecnologias audiovisuais. O edital do XPTA.LAB permite a inscrição de projetos de jogos digitais; consoles de videogame; dinâmicas de web; aplicativos para TV digital, celulares e televisão com protocolo de internet (IPTV); e smart phones de qualquer gênero e temática. Também poderão ser inscritas as instalações experimentais que envolvem narrativas, ficção interativa e não linear; websites com narrativas não lineares; vídeos para plataformas móveis; aplicações interativas de entretenimento usando celulares, bluetooth e GPS; aplicações narrativas que utilizam realidade aumentada; softwares e hardwares para produção de novos produtos audiovisuais (jogos digitais e filmes); soluções aplicáveis ao campo da animação digital; e outros projetos voltados ao desenvolvimento de tecnologias, serviços e processos e de modelos de negócio para plataformas digitais.

Seleção
O XPTA.LAB vai selecionar quatro projetos de excelência nas áreas de plataformas digitais. Relacionados a cada um, devem ser apresentadas ainda propostas de doze projetos consorciados, que serão módulos a serem desenvolvidos obrigatoriamente por pessoas jurídicas ou físicas consorciadas ao proponente principal do projeto. Com um ano de prazo para sua execução, cada projeto contemplado receberá R$ 850 mil, sendo que R$ 450 mil serão investidos no desenvolvimento do projeto de excelência e R$ 400 mil nos módulos a ele relacionados.

Em dezembro de 2010 está prevista a realização de uma Feira Nacional de Inovação, com apresentação dos 52 projetos desenvolvidos pelo XPTA.LAB.

O edital do Programa Laboratórios de Experimentação e Pesquisa em Tecnologias Audiovisuais (XPTA.LAB) está disponível no site www.cultura.gov.br/site/categoria/editais-ministerio-da-cultura/ e no blog do programa www.culturadigital.br/xpta . Da Redação

Clube da Cena: oportunidade para dramaturgos

O Projeto "Clube da Cena" está abrindo oportunidades para dramaturgos de todo o país. A cada semana, um dramaturgo é convidado para apresentar sua cena. Para tanto, deve participar da seleção enviando uma esquete de até 8 minutos sobre o tema "mentira" até dia 28 de agosto, para o email cris1@ism.com.br. O dramaturgo selecionado receberá 1,5% do bruto da bilheteria do dia e terá seu esquete encenado.

Sobre o "Clube da Cena"
O "Clube da Cena" é um projeto coletivo que se inicia em setembro próximo e reúne 28 atores, 19 autores, um músico e diversos convidados, encenando 7 novos esquetes sobre um tema semanal, até o final de novembro.
O projeto, com concepção e direção geral da atriz Cristina Fagundes, pretende apresentar textos novos durante 7 semanas. A cada semana, haverá um tema diferente, dando para os atores o mesmo tempo para ensaio: apenas uma semana. Há a participação de um músico-compositor, que também terá de selecionar ou compôr trechos de músicas pertinentes ao texto, também dentro do mesmo prazo.

Gincana Criativa
A proposta do "Clube da Cena" é dar forma a uma verdadeira gincana criativa. Até mesmo os atores estão envolvidos nesse ritmo: ficarão sabendo de seus parceiros de trabalho apenas uma semana antes da apresentação. Serão sorteados 7 grupos de 2 atores cada um, para encenar os 7 textos. A partir daí os atores se encontrarão com seus parceiros de trabalho separadamente e convidarão artistas, como diretores e atores, para ajudarem a compor a cena e só retornarão ao teatro no dia da apresentação, quando será feito um ensaio geral de luz e som 3 horas antes da apresentação. Serão 2 elencos diferentes que se alternarão a cada semana, para dar tempo dos atores descansarem.
O tema da estréia, dia 02 de setembro será "SONHO". Os próximos temas serão definidos ao longo do processo. São 6 autores fixos e 1 autor convidado a cada semana. O projeto conta com o apoio da CAL, tradicional escola de teatro do Rio, que disponibilizou os figurinos para as cenas.
O Clube da Cena é um desdobramento do projeto Drama Encena, foi idealizado por Jô Bilac e Márcio Libar, com a ajuda da atriz Cristina Fagundes. O Drama Encena tinha autoria de textos do jovem e premiado coletivo de autores "dramadiario.com" e contava com um elenco de 14 atores de teatro. Nesta segunda etapa, o projeto cresceu e se abriu para novos autores e atores.

Ficha Técnica
Direção Geral: Cristina Fagundes
Diretora Assistente: Patrícia Mess
Textos de: Cláudio Torres Gonzaga, Fábio Porchat, Leandro Muniz, Cristina Fagundes, Ivan Fernandes, Rodrigo de Roure e convidados
Músico Convidado: Aldo Medeiros
Produtor assistente: James Hanson
Serviço
Teatro Gláucio Gil (praça Cardeal Arcoverde s/n - ao lado do Metrô Arcoverde)
Sábados 20:00h quartas-feiras de setembro a novembro
Preço: 10 reais inteira e 5 reais meia-entrada
Bilheteria: 2332-7904
Classificação Etária: 14 anos
Realização: Fagundes Produções Artísticas

24 agosto 2009

Rede TV! em busca de autores e diretores

Segundo a Folha de S. Paulo, a Rede TV! está montando um núcleo de teledramaturgia. A emissora, que pretende produzir um seriado em 2010, está à procura de autores e diretores. A escolha será em função do projeto apresentado.
Fonte: VOX NEWS. http://www.voxnews.com.br/dados_noticias.asp?codnot=65838

(RJ) 6º Fórum Internacional de TV

Mobilidade: O lugar da TV não é mais a sala. Este é o tema do 6º Fórum Internacional de TV Digital, que será promovido pelo Instituto de Estudos de Televisão, no dia 28 de agosto de 2009, dando continuidade a um trabalho fundamental para o desenvolvimento técnico, teórico e estético da TV brasileira. O evento atualiza anualmente a discussão em torno da implantação das novas plataformas de televisão no Brasil e no mundo, este ano focando na questão da mobilidade.

Com um público formado quase em sua totalidade por profissionais das áreas envolvidas, a 6a edição do Fórum Internacional de TV Digital traz ao auditório do Arte SESC nomes de grande relevância, que oferecerão um panorama completo do que vem sendo realizado e planejado para a mobilidade no cenário digital da televisão contemporânea.

PROGRAMAÇÃO
10h - 11h
Mobilidade: Desafios da Produção para um Novo
Modelo de Consumo
Nelson Hoineff - Presidente do IETV
O lugar da TV
não é mais a sala.
Silvio Da-Rin - Secretário do Audiovisual do Ministério
da Cultura
Políticas da sAV/Minc no domínio digital
Antonio Brasil -
Diretor Acadêmico do IETV
TV digital: mobilidade e guerrilha tecnológica

11h15 - 12h15
O que o Espectador Espera das Novas Mídias

Ezequiel Abramzon - VP de Mídia Digital da Disney Latin America
As crianças e a mídia digital: geração multitarefa
Ricardo Mucci - Diretor de Novas Mídias da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura, TV Ratimbum, rádios Cultura (AM e FM)
A TV Cultura na era da transmissão participativa, da difusão de
conteúdos multiplataforma e da TV digital.

14h - 15h
Construção de Conteúdo para Novas Plataformas
Newton Cannito - Criador da série 9mm
(Fox)
A TV 1.5 - Tendências de conteúdo para televisão na era digital
Marco Altberg - Diretor do Cel.U.Cine
Cel.U.Cine - Festival de
micrometragens

15h15 - 16h15
As Exigências de Soluções Tecnológicas
Alberto Magno - CEO da M1nd
A TV do amanhã
Luiz Fernando Soares
- Professor Titular da PUC-Rio
Middleware Ginga em dispositivos móveis e
portáteis

16h30 - 17h30
O que é Sucesso em Ambientes Segmentados
Alexandre Crivellaro - Diretor de Inovação do IBOPE Media
Medição de conteúdo OOH (Out-of-Home)
Sandra Jimenez - Diretora de Mídias Digitais e
Novos Negócios da MTV
O jovem e as novas mídias

17h30 - 19h
Coquetel de Encerramento
Lançamento do livro Manual do Roteiro (Editora
Conrad), de Newton Cannito e Leandro Saraiva.

Local: Arte SESC
R. Marques de Abrantes, 99 - Flamengo Rio de Janeiro - RJ
Data: 28 de agosto (sexta)
Horário: 10h às 19h
Inscrições gratuitas através do site do IETV http://www.ietv.org.br/

Demanda por vídeo e fragmentação da audiência aumenta, diz pesquisa

A demanda por conteúdo em vídeo aumentou, independente da plataforma, assim como a fragmentação da audiência. E os consumidores estão dispostos a pagar por esse conteúdo. Esses foram alguns dos principais resultados da pesquisa "Television: entering the era of mass-fragmentation" da Accenture sobre conteúdo digital, realizada com quase 14 mil consumidores, em 13 países, para saber como as pessoas respondem ao conteúdo de vídeo e como se adaptam a novas plataformas.

Um dos resultados mais significativos do estudo mostrou que cresce o consumo de conteúdos de vídeo, independente da plataforma. Ao mesmo tempo, também cresce a fragmentação da audiência. O consumo de vídeo cresceu em relação à pesquisa de 2008, com aumento dos usuários que assistem a seis ou mais canais de televisão (40% dos entrevistados em 2009, em comparação a 35% em 2008) e que veem oito ou mais programas por semana (39% este ano e 33% no ano passado). O número de usuários que afirmaram gostar de ver os programas em outros dispositivos, além da TV, também cresceu em relação ao ano anterior: 74% dos usuários revelaram que assistem a conteúdos em computadores pessoais em 2009, em 2008 foram 61%. Em relação a dispositivos móveis o número também cresceu: 45% em 2009, contra 32% em 2008. O número de pessoas que desejam assistir TV em um computador saltou de 61% em 2008 para 74% em 2009.

Em relação ao conteúdo, 73% dos entrevistados afirmam ver os seus programas preferidos em mais de um canal. As formas que eles utilizam para tomar conhecimento sobre a programação são: comerciais (40%), zapping de canais (33%), recomendação de amigos e família (30%), entre outros. Blogs e anúncios em celulares também foram apontados, em menor proporção.

Segundo a pesquisa, os telespectadores do Brasil, México e Malásia, por exemplo, são três vezes mais propensos e interessados em assistir ao conteúdo de vídeo no telefone celular (de 65%, em 2008, a 71% em 2009) do que os consumidores de países como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido (em 2008, 22% e, em 2009, 26%).

Quer pagar quanto?

Na pesquisa, os consumidores demonstraram mais disposição em pagar por diferentes tipos de conteúdo em relação à mesma pesquisa realizada em 2009. De acordo com o estudo, 49% dos entrevistados pagariam por um serviço digital de programação, 37% a mais que no ano passado. No Brasil, esse número foi de 46%, em 2008, para 63%, em 2009, ficando atrás apenas do México. Entre aqueles que apresentaram disposição em pagar pela programação, 25% preferem pacotes de assinatura, 12% o modelo pay-per-episode e 9% o pay-per-season. Os conteúdos patrocinados também se destacam: 40% dos participantes da pesquisa afirmaram preferir assistir anúncios em troca de conteúdo livre.

A pesquisa está disponível no endereço: http://alturl.com/z775 .

Por Daniele Frederico. Tela Viva News.

Oi lança edital para escolha de conteúdos audiovisuais

A Oi lançou um novo edital de pitching para produtores de conteúdo convergente. Em seu segundo ano, o concurso da operadora convida produtoras nacionais a inscrever criações que possam ser distribuídas via Internet, celular, Oi FM e OiTV. O projeto selecionado terá um orçamento de até R$ 350 mil para realização. As inscrições estão abertas até 17 de setembro. Informações: www.canaloi.com.br/multimidia

O vencedor do pitching da Oi em 2008, "Os Buchas", da Vitória Produções e da Pérola Negra Produções, estreia em 4 de setembro no Canal Oi. O primeiro episódio da série, que conta a história de três amigos que protagonizam fracassos tipicamente masculinos, já está no site www.canaloi.com.br/osbuchas.

Links relacionados:
TWITTER - http://twitter.com/pitchingoi
http://multiplataforma.oi.com.br/

Câmara do Livro divulga finalistas do Prêmio Jabuti

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou os finalistas das 21 categorias do 51º Prêmio Jabuti, o maior concurso literário do País. Além de estatuetas, os primeiros colocados receberão R$ 3 mil - os ganhadores de "Tradução de obra literária Francês-Português", em homenagem ao ano da França no Brasil, receberá como prêmio R$ 6 mil. Já para os vencedores dos melhores livros, o prêmio em dinheiro é de R$ 30 mil.

De acordo com a assessoria de imprensa da CBL, o júri - sob curadoria, já há 19 anos, de José Luiz Goldfarb - foi formado por profissionais indicados pelo mercado editorial e escolhidos por uma comissão do prêmio por meio de sorteio. De acordo com a CBL, a segunda fase do julgamento ocorrerá em 29 de setembro, quando serão revelados o primeiro, segundo e terceiro colocados em cada uma das categorias. No entanto, somente em cerimônia no dia 4 de novembro é que serão anunciados os melhores livros do ano de ficção e não-ficção. A lista completa dos indicados estão no site da
CBL.

Site relacionado:
http://www.cbl.org.br/

21 agosto 2009

Oi seleciona produtoras

Melhor ideia apresentada em pitching será adquirida pela empresa; projeto que for escolhido terá verba de até R$ 350 mil

A Oi lança, pelo segundo ano consecutivo, seu edital de pitching, voltado para produtores de conteúdo convergente. Produtoras nacionais poderão participar do processo de seleção enviando criações que possam ser distribuídas via internet, telefone móvel, Oi FM e OiTV. O melhor projeto será selecionado pela Oi e terá um orçamento de até R$ 350 mil.

"O sucesso da primeira edição do Pitching, quando recebemos projetos de várias partes do Brasil, confirma o interesse do mercado em alavancar a distribuição de conteúdo áudio visual em meios alternativos. O inicio das operações da OiTV no Rio de Janeiro e em breve em várias partes do Brasil amplia a visibilidade e o alcance dos projetos das produtoras em nosso canal do assinante, Canal Oi, que tem uma proposta diferenciada dos demais do segmento", destaca Adriana Alcântara, Gerente de Programação da Oi.

O objetivo do edital é fomentar a produção audiovisual brasileira e estimular a inovação. "Mais do que adaptações, a empresa buscou criações que envolvam as diversas plataformas da Oi (rádio, TV, móvel, e internet). Nossa proposta é que o público possa interagir com o conteúdo onde e quando quiser e que cada plataforma tenha um conteúdo específico e adequado a ela", completa Adriana Alcântara.

Os interessados devem se inscrever e enviar seus projetos até o dia 17 de setembro. As criações serão avaliadas por uma comissão composta pela Gerência de Programação da OiTV, e por nomes importantes da área de produção de conteúdo. As informações sobre o edital estão disponíveis no site www.canaloi.com.br/multimidia .

(RJ) Fórum "Pensar a Infância" no Festival de Cinema Infantil


O Festival Internacional de Cinema Infantil, em sua 7ª edição, promove pela primeira vez o Fórum "Pensar a Infância", com o objetivo de trazer à tona questões importantes para o segmento, com debates sobre políticas de incentivo, distribuição de conteúdo, tendências de linguagem e formas narrativas do cinema infantil no Brasil, em mesas de discussão formadas por políticos e profissionais renomados da área.
Já estão confirmadas as presenças do cineasta e diretor de TV Cao Hamburger (O ano em que meus pais saíram de férias, No mundo da lua, Castelo Rá-tim-bum), a roteirista Adriana Falcão (eu e meu guarda-chuva, Mania de explicação, Sete histórias para contar), a secretária de Estado da Cultura do RJ Adriana Rattes, o secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura Silvio Da-Rin; César Coelho (Diretor do Anima Mundi e Campo 4 Produções Cinematográficas), entre outros.

O quê: "PENSAR A INFÂNCIA" - 1º Fórum sobre Políticas,
Narrativas e Linguagens do Cinema Infantil no Brasil.
Quando: Data: 2, 3 e 4 de setembro de 2009
Onde: Instituto Moreira Salles - Rio de Janeiro
Maiores informações:
http://www.digi2.com.br/fici/

Bibliotecas de São Paulo têm programação agitada

O Sistema Municipal de Bibliotecas de São Paulo realiza uma ampla programação cultural em suas unidades: shows, filmes, peças de teatro, contações de histórias, palestras, debates, cursos e oficinas, em todas as regiões da cidade. A rede possui 55 equipamentos culturais, acervos e programações especializadas em Poesia, Cultura Popular, Música, Contos de Fadas, Cinema, Ciências, Literatura Fantástica, Infanto Juvenil, Arquitetura e Urbanismo e Meio Ambiente.

Toda a programação é gratuita!
Para conhecer as bibliotecas e acompanhar a agenda dos eventos, acesse o site http://www.bibliotecas.sp.gov.br/.
Se quiser receber semanalmente os destaques da programação por e-mail, clique no link abaixo e cadastre seu endereço eletrônico:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/noticias/?p=6108

Dúvidas e informações: escreva para bibliotematica@gmail.com .

http://www.bibliotecas.sp.gov.br/

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E falando em Bibliotecas, olha só algumas fotos das mais bonitas do mundo:



Quem quiser ver mais imagens ou mesmo saber quais são as bibliotecas acima, acesse o site "Curious Expeditions", cuja proposta é "traveling and exhuming the extraordinary past":

20 agosto 2009

Bolsa de Mulher leva dois programas para o Canal Oi


O "Bolsa TV", canal web e mobile criado pelo grupo de comunicação "Bolsa de Mulher", da Ideiasnet, estreou na última semana duas atrações no Canal Oi, canal do assinante da OiTV. "Bolsa de Mulher", programa sobre o universo feminino, e "No elevador", em que um repórter aborda celebridades dentro de um elevador, ganharam faixa de meia-hora cada um na programação do canal. "Bolsa de Mulher" é exibido às segundas-feiras e "No elevador" aos sábados. O mesmo conteúdo que vai ao ar pela Internet é levado para a TV.

Brasil realiza pela primeira vez o Prix Jeunesse

Pela primeira vez no Brasil, o Festival Prix Jeunesse Iberoamericano celebra a cultura latinoamericana, reunindo novas produções audiovisuais e personagens para crianças e adolescentes. A 4ª edição do festival será realizada de 12 a 15 de Outubro de 2009, no SESC Consolação, à Rua Dr. Vila Nova, 245 Vila Buarque, São Paulo - SP – Brasil.

O Prix Jeunesse Iberoamericano é uma versão do Festival Prix Jeunesse Internacional que, há mais de 40 anos, premia produções internacionais de alta qualidade para o público infanto-juvenil. A Fundação Prix Jeunesse tem sede na Alemanha, na cidade de Munique. Constituído por uma mostra competitiva, o Festival estimula o debate sobre linguagem e tendências de conteúdo para crianças e jovens.

As inscrições para a Mostra Competitiva começaram dia 20 de julho e seguem até 31 de agosto de 2009, e vai premiar programas audiovisuais dirigidos a crianças e adolescentes, produzidos e/ou co-produzidos por emissoras de TV e produtores independentes, que tenham sido exibidos em TV aberta, por assinatura e na web, entre 1º de julho de 2006 e 31 de julho de 2009.

Para participar do festival, profissionais de mídia, cultura e educação podem se inscrever e se credenciar como votantes ou observadores no período de 1 a 20 de setembro.

Mais informações:
www.prixjeunesseiberoamericano.com.br

19 agosto 2009

Inscrições abertas para mercado de cinema latino-americano na Argentina

Estão abertas até o dia 30 de agosto as inscrições para o Ventana Sur - Negócios del Cine, mercado de cinema organizado pelo INCAA (Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales) e pela Marché du Film do Festival de Cannes. A ideia é reunir parte da produção de longa-metragem de ficção e documentais realizados na América Latina entre 1º de junho de 2008 a novembro de 2009. Os filmes inscritos farão parte da videoteca digital do evento, a qual compradores internacionais terão acesso. Mais informações e inscrições no site: www.ventanasur.com.ar/vsesp

Sites relacionados:
www.ventanasur.com.ar/vsesp

MinC divulga 62 projetos pré-selecionados em edital de baixo orçamento

Foi publicada nesta terça-feira, 18, a relação dos 62 projetos classificados para participarem da etapa de pré-seleção do edital de longa-metragem de baixo orçamento. O Edital n° 03/2009, lançado em 19 de janeiro pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, recebeu 127 projetos inscritos até 16 de março, dos quais 121 foram deferidos. Na próxima etapa, serão selecionados 15 projetos que participarão do pitching do edital.

Ao final, o concurso selecionará cinco projetos, que receberão apoio de R$ 1 milhão.

Confira neste link a portaria com a relação dos 62 projetos aprovados:
www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2009/08/portaria-classificados-pre-selecao-edital-3.pdf

18 agosto 2009

Finalistas do Prêmio Jabuti serão definidos na quinta

A partir desta quinta-feira (20), os dez finalistas de cada categoria do Prêmio Jabuti de Literatura serão conhecidos. A apuração dos votos da comissão julgadora ocorrerá na sede da Câmara Brasileira do Livro e será aberta ao público.

O Prêmio Jabuti foi lançado em 1959 e é considerado o mais importante da literatura brasileira.

Endereço: Câmara Brasileira do Livro - Rua Cristiano Viana, 91, Pinheiros, São Paulo - a partir das 10h
Site relacionado:
http://www.cbl.org.br/jabuti/

Novelas chegam aos ônibus de São Paulo

As telenovelas passam agora a virar entretenimento nos ônibus da cidade de São Paulo. A Globo lança nesta segunda-feira um serviço de TV que, de início, abastecerá cerca de 300 veículos que vão transmitir programação pré-gravada, mas atualizada todos os dias.

O programa de uma hora será reprisado continuamente e trará resumos dos capítulos do dia anterior das seguintes novelas: “Malhação”, “Paraíso”, “Caro e Bocas” e “Caminho das Índias”.

Segundo informações da coluna de Daniel Castro, na Folha de S.Paulo, a Rede Globo também prevê que outros 30 ônibus transmitirão o sinal digital rede em tempo real. Cada ônibus terá dois monitores de LCD de 24 polegadas.

O principal objetivo da emissora é atrair o público que perde horas no trânsito e não pode ver as novelas. Além disso, a Globo acelerou a realização do projeto, pois a Record também planeja transmitir suas novelas em ônibus.

As linhas que terão o serviço não foram divulgadas. Os ônibus que carregarão a Globo são de viações que têm contrato com a empresa Bus Mídia. A coluna também informou que a emissora também negocia com cooperativas de táxi.

Fonte: Redação Adnews - http://www.adnews.com.br/tv.php?id=92542

Produtora de curtas espíritas continua selecionando projetos

A "TV Mundo Maior" e a "Mundo Maior Filmes", unidades de negócios da Fundação Espírita André Luiz, que lançaram o projeto "Mundo Maior de Cinema" em abril deste ano, continuam selecionando roteiros para a produção de obras audiovisuais de ficção norteadas pela obra “O Livro dos Espíritos”. O livro foi publicado pelo educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, em 1857, sob o pseudônimo Allan Kardec e apresenta os princípios da Doutrina Espírita em formato de perguntas e respostas.

Os roteiros selecionados pela comissão julgadora ganharão o prêmio de R$ 7.500,00 e acesso a recursos tecnológicos e humanos que deverão ser investidos na produção do curta-metragem. Os profissionais que se destacarem integrarão a equipe de direção de um longa-metragem baseado na mesma obra e contarão com um prêmio de produção no valor total de R$ 20 mil.

O júri é formado por representantes da Fundação Espírita André Luiz, pelo cineasta Cláudio Oliveira, pelo jornalista e diretor de programas de TV Antonio Carlos Rebesco (Pipoca), do conselho editorial da TV Mundo Maior e por profissionais ligados ao cinema e/ou televisão.

O prazo para envio de projetos vai até novembro deste ano. O interessado deve ficar atento aos temas, já que desde a inscrição, já foram produzidos vários dos oito temas propostos. Para maiores informações, entrar em contato no blog da Mundo Maior Filmes: http://www.mundomaiorfilmes.com.br/

TV MUNDO MAIOR
Conheça a TV Mundo Maior e Mundo Maior Filmes através do site http://www.tvmundomaior.com.br/ ou do blog do núcleo de produção www.tvmundomaior.com.br/blog

A ascensão das oficinas literárias

CRESCE A PROCURA NO PAÍS POR CURSOS QUE ENSINAM TÉCNICAS NARRATIVAS; NO RIO GRANDE DO SUL, PROGRAMAS TRADICIONAIS JÁ PRODUZIRAM UMA NOVA GERAÇÃO DE ESCRITORES COM "DIPLOMA DE AUTOR"



Cena de uma oficina de escrita criativa na Casa do Saber, em São Paulo

ERNANE GUIMARÃES NETO
DA REDAÇÃO

O Brasil vive a emergência de um movimento literário: o dos escritores com diploma de autor. Centros culturais com lotação esgotada e professores particulares com fila de espera caracterizam a vicejante versão brasileira da disciplina "creative writing" (escrita criativa) das universidades norte-americanas. Os resultados são semelhantes: escritores reconhecidos pela crítica e premiados nos concursos de literatura.
A Casa do Saber é uma das escolas que aderiram recentemente às oficinas de escrita criativa: as aulas começaram neste ano. Segundo o diretor Mario Vitor Santos, a escola abriu uma exceção à regra de não oferecer cursos práticos depois de discutir a proposta da professora Noemi Jaffe.
A Casa das Rosas, em São Paulo, tem suas aulas práticas lotadas. Para o poeta Frederico Barbosa, diretor dessa instituição mantida pelo Estado, a meia dúzia de oficinas acontecendo em agosto e setembro, com 30 vagas cada uma, não esgota a demanda.
Uma das atrações do período é Marcelino Freire, que mantém outra oficina em São Paulo (no espaço Barco) e recebe convites para encontros em todo o país. Marcelino foi aluno de Raimundo Carrero, pioneiro da prática em Pernambuco.
Carrero começou suas oficinas nos anos 80, trazendo para o Brasil sua experiência na Universidade de Iowa. "Até meus romances escrevo com meus alunos", relata. Para profissionais como ele, a oficina ultrapassa o clichê de que o professor aprende com os alunos; todos aprendem praticando juntos.
No Brasil, imagens como um funcionário público Machado de Assis, um diplomata Guimarães Rosa ou um jornalista Nelson Rodrigues estimulam a pensar no escritor como uma figura excepcional surgida ou sustentada em outras classes profissionais. A vivência pessoal dispensou a programação técnica.
O artista temeria o cerceamento de sua criatividade, o choque entre tradição e vanguarda, a profissionalização. Nos EUA, o choque já aconteceu e discute-se quanto a literatura do pós-guerra é marcada pelos programas universitários (leia entrevista abaixo). A classe dos escritores com diploma já domina entre os laureados com o Pulitzer, por exemplo (leia quadro ao lado).

Rasuras
Para o sociólogo Sergio Miceli, os cursos livres aparecem como um sistema paralelo, a partir da crescente quantidade de pessoas com títulos que não estão incluídas no sistema de produção cultural. Os intelectuais "tentam ensinar em cursos de grã-finos semiletrados, que procuram assuntos considerados nobres; o professor se sente valorizado porque ganha um dinheiro que demoraria muito para ganhar de outro jeito. A lógica disso é um pouco esquisita, pois é uma tentativa abreviada de transferir um sistema complicado de conhecimento".
Mas exemplos como o do Prêmio São Paulo de Literatura, concedido no início do mês, apelam em favor da "tecnicização". O prêmio principal ficou com o cearense Ronaldo Correia de Brito, médico -profissão de escritor "à moda antiga".
O autor estreante premiado foi o gaúcho Altair Martins, mestre em letras com experiência em ministrar oficinas.
O escritor mais celebrado no ano passado, Cristovão Tezza, é linguista e autor do livro didático "Oficina de Texto" -"que não é de criação estética", adverte. Tezza não pratica as oficinas de escrita criativa, mas pode ser considerado beneficiado por um treinamento especializado nas letras. "Rejeito a ideia do escritor como "profissionalizável". Mas, pensando friamente, de uns 20 anos para cá a literatura se aproximou bastante da universidade".
Uma das críticas feitas a escritores associados à academia é a de que se distanciam da realidade. Frederico Barbosa questiona a afirmação, mas apresenta outro problema. "Tezza escreveu uma tese sobre Bakhtin, mas sua obra não é distante da realidade. Milton Hatoum é um estudioso, mas sua obra não é acadêmica no sentido de "chata". O problema na academia é que há uma tendência a conflitos serem apaziguados: "Não vou falar mal do sujeito porque ele pode estar depois na minha banca.'"

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Nos EUA, a classe dos escritores com diploma já é hegemônica entre os
laureados com o Pulitzer
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Diploma de autor
O escritor Evandro Affonso Ferreira teve em julho sua primeira experiência como professor de ficção, na Casa das Rosas. "Você não constrói um artista", diz à reportagem, mantendo a aura dos escritores. "O curso é um exercício de leitura, dá caminhos".
O ataque mais comum à oficina a reduz a nada mais do que um trabalho que todo intelectual já deveria fazer em casa: ler. Na pior das hipóteses, é vista como uma sessão de ajuda mútua pautada por elogios superficiais entre os alunos.
Charles Kiefer, que leciona escrita criativa na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, diz que na academia a crítica ao texto alheio é rigorosa. "Não sou pago para ser hipócrita."
A PUC-RS, que mantém oficinas há mais de 20 anos, abriu em 2006 o eixo de escrita criativa na graduação. As turmas tiveram de ser ampliadas para dar conta da demanda. O professor Luiz Antonio de Assis Brasil, que comemora também a criação do mestrado no tema, integra com Kiefer o que pode ser visto como o atual centro nervoso das oficinas de escrita gaúchas, das quais saíram nomes como Cíntia Moscovich, Daniel Galera e Michel Laub.
Kiefer mantém uma das mais procuradas oficinas de escrita do Brasil. "Tenho mais de 1.200 pessoas na lista de espera", diz. E conjectura: "A internet é que está gerando a demanda enorme no Brasil. Todo mundo tem blog, todo mundo escreve, mas uma hora se dá conta de que precisa estudar, avançar".
"A formação do escritor inclui ler muito, conhecer a crítica e, podendo, fazer um curso de escrita", diz Assis Brasil. Para ele, editores consideram esse item na biografia do autor quando apreciam originais.
O músico, editor e autor premiado com o Jabuti de ficção Arthur Nestrovski estudou música e letras em Iowa e não participou das célebres oficinas de escrita daquela universidade, mas declara ter visto uma "convivência rica, produtiva" entre as comunidades de teoria e prática. Ele diz duvidar de que tais diplomas tenham poder de convencimento sobre o mercado brasileiro de publicação.
Veterano das oficinas, o crítico Silviano Santiago afirma que a universidade brasileira não está preparada para diplomas de graduação em escrita. "Que concurso você poderá prestar com um diploma desses?"
No fim da história, todas as personagens se obrigam a concordar que escola não faz gênio, mas pode desenvolver pessoas interessadas. Cabe ao aluno escolher o professor.

Fonte: Folha de S. Paulo. Caderno Mais!. Domingo, 16 de agosto de 2009.

Oficinas literárias - o modelo americano

PESQUISADOR DESCREVE A HISTÓRIA DAS OFICINAS DE ESCRITA NAS UNIVERSIDADES DOS EUA, QUE NÃO PARAM DE CRESCER, E DEFENDE QUE, MAIS DO QUE "FORMATAR" OS ALUNOS, OS CURSOS DÃO A ELES UM LUGAR NA SOCIEDADE

DA REDAÇÃO

Aulas práticas de literatura já viraram história nos EUA.
Em "The Program Era" (A Era dos Programas, Harvard University Press, 466 págs., US$ 35, R$ 64), Mark McGurl argumenta que não dá para compreender a literatura norte-americana do pós-guerra sem conhecer os programas universitários de escrita criativa.
Compreender essa história ajuda a identificar uma raiz de boa parte da nova literatura brasileira. A Universidade de Iowa pode ser tomada como um exemplo central. Passaram por oficinas em Iowa profissionais da escrita como Raimundo Carrero, Charles Kiefer e Affonso Romano de Sant'Anna.
Este fez nos anos 70, com Silviano Santiago, algumas das primeiras experiências do gênero em uma universidade brasileira (a PUC-RJ). Sant'Anna explica como funcionavam as coisas nos EUA.
"Havia dois conjuntos de participantes: os americanos faziam o curso de criação literária como um curso normal de graduação e pós. Tinham aula de conto, poesia, epopeia, roteiros etc. Tinham que apresentar trabalhos rotineiramente. Na parte internacional, éramos mais livres; durante nove meses, tínhamos tempo para terminar projetos que trazíamos e apenas deveríamos participar de seminários expondo nossos trabalhos."
Professor de letras na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, Mark McGurl esmiuça as diferentes formas como escritores viram a relação com a universidade.
Da resignação pela necessidade de sobreviver -caso de Nabokov, que lecionava literatura em Cornell enquanto escrevia "Lolita"- às experimentações -como a ficção de hipertexto na Universidade Brown-, McGurl argumenta que o fato de vivermos uma "Era dos Programas" não é uma coisa ruim, afinal. (EGN)

FOLHA - A ascensão da escrita criativa é devida mais a uma disposição social ou a razões de mercado?
MARK MCGURL - É difícil separar as duas coisas. A natureza do sistema de ensino superior nos EUA o faz muito sensível à pressão do mercado. Há um sistema universitário em que é muito fácil inovar e muitos alunos que querem estudar escrita criativa.

FOLHA - O destino da escrita criativa é se tornar tão difundida quanto as matérias de história da literatura?
MCGURL - Hoje a história da literatura é muito maior que a escrita criativa, mas as turmas de literatura tradicionais não estão crescendo. Departamentos comuns de literatura ou teoria literária têm ficado estáveis ou mesmo levemente diminuídos nas últimas décadas, enquanto os programas de escrita criativa estão crescendo a taxas extraordinárias. Alguns dizem que há um limite no mercado. Outros perguntam se as oficinas, a partir deste momento de recessão e reorganização da economia, serão uma prioridade no futuro.

FOLHA - Quantos cursos existem nas universidades dos EUA?
MCGURL - Cerca de 750 cursos de graduação, de aproximadamente 2.000 faculdades. Cerca de 350 cursos de pós-graduação. É claro que o mercado editorial não pode absorver tantos escritores, há um enorme excesso de oferta.

FOLHA - Que fará toda essa gente?
MCGURL - Alguns se tornarão grandes escritores. Vão escrever poesia e prosa e ensinar poesia e prosa. Outros se tornarão escritores menos conhecidos ou professores de escrita. Para o resto, é um treinamento sem uso profissional, é uma extensão da "educação liberal".

FOLHA - Os velhos exemplos do escritor como jornalista viajado, sábio isolado ou servidor público com tempo livre... estão datados?
MCGURL - É claro que há espaço para esses tipos de escritor. Se observar a história da literatura, especialmente nos EUA, o jornalismo tem sido a instituição-chave, com inúmeros escritores que participam do jornalismo de uma forma ou de outra. Essa opção ainda existe, mas a opção de ensinar a escrita junto com a prática da poesia ou da prosa está crescendo. Surge como uma carreira de escritor: "escrever enquanto ensina". Sempre haverá o forasteiro vindo sabe-se lá donde, mas a universidade cresceu a ponto de recentemente se tornar o centro da produção.

FOLHA - Quão norte-americana é essa tradição?
MCGURL - O primeiro programa de pós-graduação começou nos anos 1930, a multiplicação começou nos anos 60 -por décadas, foi algo exclusivamente americano. Isso se dá em parte por conta do sistema educacional do país, mas também podemos amarrá-lo a uma tradição da expressão individual: não importa onde nasça, você pode ser o que quiser, inclusive um artista.

FOLHA - Que autores consagrados são os exemplos mais extremos de entusiasmo e descrença em relação aos programas de oficinas de texto?
MCGURL - É mais fácil começar pela visão negativa. De Algren [autor de "O Homem do Braço de Ouro"], nos anos 60, e Kay Boyle [1902-92], nos 40 e 50, a, mais recentemente, Tom Wolfe, de "A Fogueira das Vaidades", e o contemporâneo Jonathan Franzen [de "As Correções"], todos mostraram extremo ceticismo, por vários motivos diferentes. Muitos apontam que os escritores ficaram "institucionalizados", no sentido de que não têm originalidade, copiam as ideias dos colegas de classe. Em um nível é inegável que a universidade tenha ajudado muitos grandes escritores a existir, pois deu a eles uma chance de escrever. Deu-lhes uma forma de ganhar a vida enquanto escreviam. Os defensores da escrita criativa seriam aqueles que frequentaram ou ensinaram escrita criativa. Não encontramos muitos que se levantassem para dizer "isso é ótimo". Há vergonha relacionada à ideia.

FOLHA - O sr. não menciona nenhum nome?
MCGURL - Que eu saiba essa pessoa não existe. Há os que defendem a escrita criativa em reação aos ataques, dizendo "não, não destrói a originalidade". Mas tal defesa não é necessária porque muita gente quer fazer oficinas.

FOLHA - O exercício prático da oficina é sua única vantagem em relação a outras disciplinas?
MCGURL - Por um lado, o jovem escritor ganha conhecimento. Ao sentar-se com colegas que leem seu texto, ele ainda obtém uma forma pequena de publicação, vê como as coisas funcionam. Se estiver em um programa famoso, como o da Universidade de Iowa ou o da Universidade Columbia, podem-se estabelecer contatos. Além disso, muitos pais de garotos de classe média não querem que eles fiquem tentando ser escritores, acham que deveriam tentar ganhar a vida de forma mais rentável. Para esses jovens, o curso é um abrigo: "Estou na faculdade!" É interessante ver que, por temor, há uma tendência a manter esses cursos dentro do departamento de inglês. Assim temos escritores lado a lado com pesquisadores. Por outro lado, há o medo do pessoal de escrita criativa de que a teoria possa arruinar a musa.

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Sempre haverá forasteiros, mas a universidade cresceu a ponto de se tornar o centro da produção
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FOLHA - Por que há resistência ao papel do aprendiz na literatura, mas não nas artes plásticas ou no teatro?
MCGURL - Uma das maiores defesas da escrita criativa é esta: em que ela é diferente de aprender pinceladas? Tem a ver com a mitologia específica do escritor. E com uma tradição de esquecer a história da literatura -pois grupos sempre foram importantes para os escritores, aprender também. Dizem que se pode aprender a escrever em casa, sem ir à escola, que "o aprendizado deveria ser ler; depois comece a escrever". Em parte o que os alunos de escrita criativa fazem é isso: ler e escrever. Mas a formalização incomoda.

FOLHA - Quanto a literatura de hoje é "programada"?
MCGURL - É programada, mas é preciso pensar na ideia de "criatividade programática". Precisamos superar noções românticas de criatividade -de que é inexplicável, de que vem de um lugar estranho para um escritor solitário. Instituições podem gerar programas que tenham criatividade autêntica.

FOLHA - A oficina apresenta uma receita para a respeitabilidade?
MCGURL - Sim. Vivo em Los Angeles, onde há milhares de roteiristas. É difícil dizer "sou um roteirista". Vão perguntar que filmes você escreveu. Isso vale para o escritor. O curso permite ao sujeito dizer "tenho um diploma, portanto sou escritor".

FOLHA - Os escritores formados em oficinas logo dominarão a literatura de internet?
MCGURL - É tentador pensar que a internet democratiza a literatura, que ter um diploma, ter contatos não sejam mais importantes. Mas o problema da internet é: quem vai prestar atenção ao que aparece, com tal volume de informações? Ainda haverá quem nos conduza a alguns sites e não a outros. Um "romance Twitter" de Thomas Pynchon eu leria -só não sei se seria bom.

Relato de um escritor aprendiz DANIEL GALERA DESCREVE SUA PARTICIPAÇÃO NO CURSO DE TÉCNICAS DE LEITURA E ESCRITA QUE, DE FORMA "SURPREENDENTE E INEVITÁVEL", FEZ DELE UM AUTOR

DANIEL GALERA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Surpreendente, mas inevitável. Quando, em algum momento de 1999, o professor Assis Brasil [que coordena oficinas de texto na PUC-RS] colocou nesses termos para seus alunos o desfecho ideal de todo conto, eu sabia exatamente do que ele estava falando. Sabia porque, aos 20 anos, já tinha lido centenas de contos. Mas eu sabia sem saber.
Tinha a experiência, mas não a consciência da experiência.
Sabe lá quanto tempo eu levaria para chegar sozinho a uma fórmula tão elegante para definir o instante em que o subtexto, tão essencial ao conto moderno, vem à tona. Talvez nunca chegasse. Foi esse tipo de coisa que a oficina de literatura do Assis me deu de bandeja.
Quando entrei na oficina, eu já escrevia contos e os divulgava na internet, mas me considerava um diletante. Era um sujeito que só começava a suspeitar que a literatura talvez não fosse um interesse passageiro como outrora foram o violão, as histórias em quadrinhos, o web design.
Eu cursava publicidade e propaganda sem convicção nenhuma, e o futuro me parecia um shopping center onde teria de passar a tarde a contragosto num domingo de chuva. Mas eu lia muito desde piá, e aquela coisa de escrever ficção estava ficando séria. Por isso me inscrevi na oficina.
Recuemos um pouco. Um dos contos que mais marcou minha, cof, juventude, foi "O Beijo", de Anton Tchekhov. O enredo é simples. Um batalhão de soldados russos acampa num vilarejo e é convidado por um aristocrata local, o general Von Rabbek, para um chá festivo. Um militar particularmente tímido e apagado, de nome Riabovitch, perde-se nos corredores escuros da mansão e é beijado por uma mulher desconhecida que estava à espera de um outro qualquer.
O incidente afeta o ingênuo protagonista de maneira duradoura. Ele passa as semanas seguintes em deslumbramento, fantasiando sobre a identidade e a aparência da mulher. O sentimento de alegria persiste.
Marchando à noite, ele tem a impressão de que a luz distante de uma janela ou fogueira está piscando secretamente para ele, como se soubesse do beijo.
Tempos depois, o batalhão acampa de novo no vilarejo.
Riabovitch torce para que o general os convide para outro chá, na esperança de rever a mulher. Mas a essa altura ele já começa a reconhecer a insignificância do episódio do beijo, constatando o abismo entre o fervor de sua imaginação e a indiferença do mundo ao redor. E então o mensageiro do general de fato vem e novo convite é feito ao batalhão. Riabovitch, amargurado, decide não ir e se mete na cama.
Esse conto sempre me causou profunda impressão, e fiquei muito tempo sem entender o motivo. Há elementos óbvios com os quais todo ser humano se identificaria. "Todo esse sonho que agora me parece tão impossível e excepcional é na verdade bastante ordinário", conclui Riabovitch ao escutar as conversas vulgares de seus companheiros sobre encontros com mulheres.

Subtexto
Quem não passou longos períodos entregue a fantasias, amorosas ou não, apenas para "cair na realidade" de uma hora para outra? Quem não conhece a frustração ou a melancolia que disso resulta? Mas o conto é muito mais do que isso. Do que, então, ele realmente trata?
Numa das várias aulas em que abordou o subtexto literário, Assis Brasil nos deu como exemplo uma famosa anotação para um conto encontrada num caderno de Tchekhov:
"Um homem vai ao cassino de Monte Carlo e ganha uma fortuna na roleta. Volta para o hotel e se suicida". Essa é a história aparente do conto, e supõe-se que o elemento crucial, o motivo de o homem matar-se nessa estranha circunstância, seria infiltrado no enredo como história oculta, ou subtexto. Cabe ao leitor captar o subtexto. Cabe ao escritor dar-lhe pistas na dose exata para que a descoberta exija esforço e seja recompensadora na mesma medida. O suicídio deve ser surpreendente. Mas também deve ser inevitável. Como a atitude de Riabovitch no final de "O Beijo".
Por trás de todo conto há uma parábola, ou seja, a projeção de uma história em outra história. O conto aponta para outra narrativa que o extrapola, e que se encontra em grande parte na experiência de vida do leitor. Construir essa ponte faz parte da nossa natureza.
Narramos sem parar, seja na comunicação com os outros ou no domínio da introspecção. É o que fazemos ao procurar o "sentido" de "O Beijo", e é o que faz Riabovitch ao combinar detalhes de todas as moças presentes na mansão para criar sua musa particular e transformar o beijo acidental numa elaborada fantasia.
Eis o "nocaute" do conto: o autor cria condições para que uma potente parábola seja escrita com a participação do leitor, mas entrega a chave só no final. O desfecho é o começo.
Depois das conversas sobre subtexto na oficina, reli "O Beijo" e finalmente percebi como esse mecanismo entrava em ação. Por mais tocante e lindamente narrada que seja toda a história aparente de Riabovitch, e por mais que em seu desfecho ele sufoque a alegria momentânea, abdique da possibilidade de rever a mulher e se meta na cama, resignado, sentindo raiva de seu destino, a verdade é que ele toma a decisão correta. E o faz porque seu exaustivo exercício de fantasia o transformou numa pessoa melhor.
Tchekhov tenta esconder isso ao máximo, e chega a apelar, numa das últimas frases, quando põe seu personagem a observar a água do rio que passa pelo vilarejo: "Em maio ela tinha corrido para o grande rio, e do grande rio para o mar; então subiu em forma de vapor, virou chuva, e talvez a mesma água estivesse correndo agora de novo diante dos olhos de Riabovitch... Para quê? Por quê?".

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A oficina nos exigia um conto por semana. Narrar uma saga familiar em cinco linhas. Um episódio de dez segundos em dez páginas
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Releitura
E eu respondo, projetando a história que Tchekhov me deu numa outra que ele me convida a criar, com base no pouco que já sei do mundo: para que Riabovitch perceba que nesse retorno a água pode ser a mesma, mas ele próprio não. Ele mudou para sempre. Para que vá se deitar um pouco mais próximo de si mesmo, sem gastar suas energias inutilmente na tentativa de ser sociável e mulherengo como seus companheiros de batalhão, pois ele sabe faz tempo que é diferente de todos eles e já concluiu que um dia, cedo ou tarde, uma mulher passará por sua vida. Para que seja capaz de abrir mão. Podemos nos surpreender com sua decisão, mas ela é inevitável.
Não creio que uma oficina literária possa forjar um talento. Mas esse é um exemplo de como ela pode, sim, aprofundar e instrumentalizar a relação de um possível autor com as narrativas que lê e escreve.
Uma lição da oficina me levou a uma releitura definitiva (para mim, é claro) de um dos contos que haviam marcado minha adolescência. Encontrei palavras e conceitos adequados para explicar aspectos da ficção que minha experiência como leitor me levava a intuir, e isso foi um ponto de partida para pensar a literatura com um pouco mais de ambição.
Nunca escrevi tanto quanto naquele ano. A oficina nos exigia em média um conto por semana. Narrar uma saga familiar de cinco séculos em cinco linhas. Narrar um episódio de dez segundos em dez páginas.
Contar uma história apenas com descrições do cenário. Os textos eram analisados pelo professor e exaustivamente debatidos pelos alunos, que acumulavam cada vez mais ferramentas para a tarefa. Clichês, técnicas de diálogo, modalidades de narradores.
Ao longo de 1999, eu decidi que escrever seria minha prioridade. Passei 20 anos me distraindo disso, mas de repente, como no final de um bom conto, o subtexto veio à tona. Até então, sinceramente, eu não planejava nada disso. Surpreendente, mas inevitável.

Quem é Daniel Galera
DA REDAÇÃO

O escritor Daniel Galera nasceu em São Paulo, em 1979, e cresceu em Porto Alegre (RS). Publicou, em 2001, o volume de contos "Dentes Guardados" (ed. Livros do Mal).
Tem outros três livros publicados, todos pela Cia. das Letras. O romance "Até o Dia em que o Cão Morreu", adaptado para o cinema em 2007 por Beto Brant e Renato Ciasca, expõe os impasses na vida de um jovem. Escreveu também "Mãos de Cavalo" e "Cordilheira" -este último faz parte da coleção "Amores Expressos".

Oficinas literárias - o que fazer com um texto?

TRÊS PROFESSORES DE OFICINAS LITERÁRIAS CHAMAM A ATENÇÃO PARA REGRAS BÁSICAS DE LEITURA E ESCRITA

"Use em abundância o ponto final"

LUIZ ANTONIO DE ASSIS BRASIL
ESPECIAL PARA A FOLHA

PARA LER

1. Ignorar os best-sellers, por maior que seja a tentação. Deixe passar cinco anos.
Se o livro ainda respirar bem, pode investir.

2. Ler com desconfiança o que lê. Se o livro resistir a essa leitura, é porque é bom.

3. Ler com um lápis na mão. E usá-lo.

4. Conhecer pessoalmente o escritor só depois de ler o livro; caso contrário, a figura do escritor ficará colada ao texto, como um fantasma.

5. Ler edições que tenham bom gosto. Uma edição amadora piora dramaticamente o livro.

PARA ESCREVER
1. Dedicar mais tempo à leitura do que à escrita.

2. Usar em abundância o ponto final, especialmente quando a frase resiste a qualquer conserto.

3. Usar material de primeira qualidade: bom computador, bom papel de impressão, bons cadernos (sugiro o Moleskine), boas canetas, bons lápis.

4. Não levar o laptop para a cozinha ou para a sala de visitas. Se não tiver um gabinete exclusivo, o quarto é uma boa escolha.

5. Escrever apenas sobre o que conhece perfeitamente, mesmo que seja um romance passado no futuro.

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LUIZ ANTONIO DE ASSIS BRASIL é professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e autor de "Ensaios Íntimos e Imperfeitos" (L&PM), entre outros livros.

"Desconfie das dicas que lhe dão"
MARCELINO FREIRE
ESPECIAL PARA A FOLHA

PARA LER

1. Quanto mais um livro fizer mal, melhor.

2. Confortável precisa ser a cama, não a literatura.

3. Evitar lista dos mais vendidos.

4. Livro não é para ser entendido, é para ser sentido.

5. Desconfiar das dicas que te dão.

PARA ESCREVER

1. Cortar palavras.
2. Não usar gravata na hora de escrever.
3. Ouvir, mesmo que baixinho, a própria voz.
4. Desconfiar daquele texto que sua mãe gostou.
5. Ler e beber muito. E, no mais: viver.


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MARCELINO FREIRE é autor, entre outros livros, de "Contos Negreiros" (ed. Record) e organizador de "Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século" (Ateliê).

"Leia como se fosse o psicanalista que ouve um paciente"
LUÍS AUGUSTO FISCHER
ESPECIAL PARA A FOLHA

PARA LER

1. Se você estiver diante de um um clássico provado pelos tempos -Shakespeare, Voltaire, Machado de Assis- e acontecer alguma dificuldade na leitura, pode ter certeza de que o problema é seu, não do texto. Bons textos muitas vezes exigem mais de uma tentativa de leitura.

2. No concreto de uma leitura, pode acontecer que a fruição fique embaçada. Antes de entrar em pânico, tente localizar o foco do impasse: se for uma palavra específica que seja desconhecida, para isso existe o dicionário; se não, volte a atenção para os "que", para os nexos entre as partes da frase.

3. Um texto literário, obra de arte que é (ou aspira a ser), tem direito de ser como é, em sua integridade. Isso alerta para a necessidade de a leitura ser respeitosa: o leitor deve dispor-se a receber as informações e as formas do texto tal como o autor as concebeu. Mas isso não impede que o leitor comum pule fora ao perceber que seu honesto empenho de leitura não está sendo recompensado.

4. Um texto literário merece ser lido em pelo menos duas dimensões, uma linear e a outra enviesada. A segunda é menos perceptível, mas muitas vezes é decisiva, e tem sua carnadura num plano alusivo, nas chamadas entrelinhas, num patamar figurado ou alegórico. A boa leitura não pode contentar-se com a decifração daquela primeira dimensão, necessitando uma atenção mais difusa, próxima da atenção que os psicanalistas praticam ao ouvir o paciente.

5. Em narrativas, um detalhe radicalmente importante, em especial nos romances e contos escritos a partir do final do século 19 (no Brasil, o marco é Machado de Assis, mas você pode pensar em Dostoiévski, em Poe, em Flaubert), é o jeito de ser do narrador. O bom leitor sempre mantém em vista que o narrador pode ser parte interessada no enredo, pode ser parcial na avaliação dos fatos e das pessoas que menciona, pode saber mais ou menos do que aparenta.

PARA ESCREVER

1. Tenha sempre em conta que do outro lado de seu texto há, na melhor hipótese, um leitor; e que essa figura, preciosa e fugidia, pode abandonar o barco a qualquer momento. O autor tem todo o direito de radicalizar sua escrita, ser inventivo e ousado, mas também o leitor tem o direito de radicalizar por sua parte, caindo fora.

2. Uma das escolhas básicas para quem escreve um relato diz respeito à distância que o texto vai colocar entre a voz narrativa e o(s) personagem(ns), entre as palavras que o leitor vai ler e a vida íntima do personagem, dentro do enredo. Mesmo um narrador de terceira pessoa pode ser muito próximo dos fatos e das pessoas envolvidas, pode acompanhar as ações muito de perto, assim como um narrador de primeira pessoa pode manter uma distância relativamente serena a respeito dos fatos.

3. Embora no sentido trivial o leitor é quem escolhe o texto que vai ler, num sentido muito profundo é o texto que escolhe seu leitor: suas escolhas vão delimitando o universo potencial dos leitores, que serão mais ou menos sofisticados ou numerosos conforme as opções do autor. Confrontar ou agradar o leitor, eis uma questão que é bom ter em mente, para fazer a escolha que interessa (nisso os grandes revolucionários têm muito a ensinar; veja como Miguel de Cervantes, Honoré de Balzac, Machado de Assis e outros tratam o leitor).

4. Escrever é, em grande medida, administrar entre conhecido e desconhecido, redundância e informação. Um dos riscos sempre implicados nesse campo é o de depender do "background" do leitor, das informações que ele traz (ou não) consigo. Muitas vezes um relato sucumbe porque espera que o leitor aporte conteúdos para compor o sentido de alusões, entreditos, sugestões que o enredo contém.

5. Quem inventa uma ficção está mentindo e espera que o leitor aceite a mentira. Mas sobre essa base há uma outra camada de indispensável verdade: o escritor nunca deve trapacear, nunca fazer pose ou jogar para a torcida. Se começar a contar uma história, tem que assumir o compromisso de contar tudo que importa para que ela aconteça.

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LUÍS AUGUSTO FISCHER é crítico literário, professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e autor de "Machado e Borges" (ed. Arquipélago), entre outros.

Obras didáticas A Preparação do Escritor
Raimundo Carrero, autor de "O Amor Não Tem Bons Sentimentos" (ed. Iluminuras), divide o texto em 11 "aulas" sobre temas como "a invenção do personagem" ou "como são feitos os diálogos". Inclui sugestão de exercício ao final dos capítulos. Lançamento da ed. Iluminuras.

Para Ler Como um Escritor
Francine Prose é autora de "A Vida das Musas" (Nova Fronteira) e romancista. O título entrega o segredo dos demais professores de escrita: ler atentamente os clássicos. Ela analisa autores como Jane Austen e Vladimir Nabokov. Ed. Zahar.

Oficina de Escritores
Autor de "O Ponto de Ruptura" (ed. Difel), Stephen Koch foi professor de escrita criativa em Columbia e Princeton. Com frases de autores consagrados sobre o ato de escrever, o livro dá dicas como "o que faz a legibilidade não é a clareza, mas a atitude". Ed. Martins Fontes.